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02/11/2014
GAME DAY
Jogo impróprio para cardíacos dá ao CAB a sétima Supertaça da sua história
A equipa do CAB disputou, em Carcavelos, a Supertaça de Basquetebol Feminino. A greve da TAP impossibilitou as Amigas de viajar no sábado, dia para o qual o jogo estava inicialmente agendado, forçando as comandadas por João Pedro Vieira a disputar o jogo no recinto do adversário, o Quinta dos Lombos, por aparente indisponibilidade de nenhum outro campo em toda a zona da grande Lisboa.
O jogo começou com as duas equipas a demonstrarem equilíbrio, mas também nervosismo, falhando vários lançamentos e cometendo, de lado a lado, algumas perdas de bola sem lançamento. Apesar destes desaires, decorridos cinco minutos de jogo, as madeirenses estavam na frente por 2-8. Após um desconto de tempo pedido pela formação da casa, o Lombos reagiu, porém a resposta do CAB não tardou. Apoiadas na inspiração de Joana Lopes (3 ressaltos, 4 assistências), na capacidade de marcação de Ashley Bruner (10 pontos) e numa boa atitude defensiva (que limitou o Lombos a 25% de concretização nos lançamentos de campo), as Amigas chegaram ao final do primeiro período na frente pelo resultado de 9-18.
No segundo período, o Lombos entrou determinado a assumir as rédeas da partida, porém os momentos iniciais foram muito parecidos com os primeros minutos do primeiro período, com vários lançamento falhados nos dois lados do campo. Infelizmente para o CAB, Carolina Escorcio e Carla Freitas, duas das referências das madeirenses, averbaram a sua terceira e segunda falta, respectivamente, factos que viriam a limitar a sua forma de jogar até o final do encontro.
Mais condicionado na agressividade defensiva que tinha demonstrado até ao momento, o CAB deu o se melhor para manter a diferença pontual relativamente ao Lombos. Uma desnecessária falta anti-desportiva averbada a Carla Freitas quando faltavam quatro minutos para o intervalo não ajudou, de todo, a tarefa das Amigas, que começaram a ver a equipa da casa a se aproximar no marcador. Até o final do período, o trio de Julie Forster, Ashley Bruner e Joana Lopes deram uma renovada energia ao jogo do CAB, permitindo às madeirenses ganhar o período por 17-18 e chegar ao intervalo na frente do marcador por 26-36.
Feitas as contas ao intervalo, o CAB liderava nos ressaltos conquistados (23 contra 14), na percentagem de aproveitamento dos lançamentos (44% contra 30%), e nos pontos marcados na zona perto do cesto (24 contra 12). Nas perdas de bola, as equipas estavam empatadas (15 para cada lado), mas, nas assisntências, as Amigas estavam também na frente (8 contra 2).
O jogo recomeçou com o Lombos a marcar oito pontos, sem resposta das visitantes. Para o mérito da formação da casa contribuiu a enorme apatia das Amigas, que, além de estarem a defender mal, estavam claramente desconcentradas e a perder bola atrás de bola sempre que atacavam. Face a este cenário desolador, o treinador João Pedro pediu um desconto de tempo, na esperança de 'despertar' as suas jogadoras para uma prestação diferente. No entanto, o seu esforço não foi correspondido, e, com cinco minutos decorridos no terceiro tempo, o Lombos empatou a partida a 37-37.
Quando faltavam três minutos para jogar no terceiro período, o Lombos passou para a frente, registando 40-38 no marcador. As Amigas começavam a acusar, em demasia, nervosismo, e, além de terem Carla Freitas e Carolina Escórcio com quatro faltas cada uma, uma falta técnica averbada a Joana Lopes veio a sentenciar, ainda mais, um terceiro período de autêntico pesadelo para o CAB. O CAB perdeu o terceiro tempo por 18-8 e entrou nos últimos dez minutos com o jogo empatado a 44-44.
No quarto período, as duas equipas entraram a marcar quatro pontos cada uma, e, com dois minutos decorridos, o jogo persistia empatado a 48 pontos. No capítulo do lançamento dos três pontos, as madeirenses contiuavam desastradas, falhando a sua nona tentativa consecutiva. Apesar da fraca prestação no lançamento de longa distância, o CAB continua aguerrido, especialmente na luta pelos ressaltos e na marcação de pontos em áreas mais próximas do cesto. Mesmo assim, o Lombos não se dava por vencido, e, com três minutos para jogar, o encontro continuava empatado, mas, desta feita, a 61 pontos.
Com dois minutos para jogar, Carolina Escorcio e Carla Freitas foram excluidas da partida por acumulação de faltas, um destino que, infelizmente, já se previa desde o começo do segundo período. Apesar de muito mais condicionadas, as Amigas continuaram a lutar, e, com 22 segundos para o fim, empatarm o jogo a 65 pontos, final imprópria para cardíacos e para os amantes do basquetebol feminino. O resultado manteve-se até ao fim, o que forçou a jogo a seguir para prolongamento.
No prlongamento, o CAB foi 'enorme', com as jogadoras que estavam a jogar a darem uma verdadeira lição do que é se entregar na defesa de uma camisola e de um símbolo. As nossas 'meninas' foram exemplos, foram heroínas e encheram de orgulho todos os que sabem o que é sentir o CAB. Com 1:30 minutos para jogar, o CAB estava na frente por 68-71, mas um cesto convertido pelos Lombos após três lançamentos falhados levou o marcador para 70-71, com 45 segundos a restar no cronómetro. Joana Lopes e Ashley Bruner, com cestos consecutivos, puderam a liderança do CAB em 70-75, com 30 segundos para jogar. O Lombos ainda reagui, mas a tarde foi do CAB, que venceu e conquistou a sétima Supertaça da sua história!
Viva o CAB! Viva o CAB! Viva o CAB!
Em termos individuais: Joana Lopes (14 pontos, 12 ressaltos), Marta Bravo (12 pontos), Julie Forster (17 pontos, 15 ressaltos), Ashley Bruner (23 pontos, 15 ressaltos), Leonos Nunes (3 pontos, 2 ressaltos), Carla Freitas (6 pontos, 3 ressaltos).
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