19/03/2015
GAME DAY

Amigos afastados das finais da Taça de Portugal

O CAB defrontou a formação da Oliveirense no primeiro jogo da Final 8 da Taça de Portugal Masculina. O primeiro período foi marcado por longas interrupções na partida devido a problemas de ordem logística. Mas problemas à parte, o primeiro tempo foi dominado pelo equilíbrio entre as duas equipas. De um lado, a Oliveirense estava mais organizada e mais criteriosa na selecção das suas soluções ofensivas, facto que permitiu aos continentais algum ascendente numa primeira fase.

Porém, do outro lado, o CAB, após algum desacerto, acabou por beneficiar da entrada em campo de Jorge Coelho, que não tinha iniciado a partida. Com o capitão dentro de campo, o CAB foi mais sereno e mais agressivo, cortando a superioridade da formação da Oliveirense. Pouco a pouco, o CAB recuperou a diferença pontual e chegou ao final do primeiro período com o marcado empatado a 17-17.

No segundo período, esteve melhor o CAB. Os Amigos subiram os níveis de agressividade ofensiva e defensiva que traziam do final do segundo tempo e conseguiram combinações muito eficazes no ataque, alternando o jogo interior com os lançamentos exteriores. No lado dos continentais, a resposta vinha através de lançamentos exteriores, com a Oliveirense a anotar três triplos consecutivos. Mesmo assim, os madeirenses não se deixaram intimidar, mantiveram a vantagem que tinham conseguido amealhar e chegaram ao intervalo na frente por 34-38.     

O inicio do terceiro tempo foi desastroso para o CAB. Os madeirenses demonstraram muito pouco esclarecimento na selecção de lançamentos, e, na defesa, a consistência que tinham evidenciado na primeira parte do jogo deu lugar á falta de agressividade. Com mérito, a Oliveirenses explorou o laxismo dos ilhéus, e, com três minutos de jogo, passou para a frente do marcador por 43-39.

O treinador do CAB pediu um desconto de tempo para tentar cortar a superioridade da oliveirense e voltar a por os pés dos seus jogadores na terra. Os seus esforços não encontraram correspondência dentro de campo, pois o CAB entrou numa fase ainda pior, com várias perdas de bola, desconcentrações e lançamentos falhados. A toada da Oliveirense era a oposto, com lançamentos convertidos a se sucederem, elevando a diferença pontual para 53-40.    

Até o final do terceiro período, o CAB ainda tentou reagir. Os Amigos, mais concentrados, conseguiram reduzir a vantagem pontual, fruto também do menor acerto da Oliveirense nos momentos finais do período. Mesmo assim os continentais chegam ao final da meia hora de jogo na frente por 56-45. 

No quarto período, o CAB continuou a denotar grande dificuldade em impor o se modelo de jogo. Com os seus principais anotadores em clara baixa de forma, os Amigos não tiveram a agressividade necessária para assumir as rédeas do jogo. Sem surpresa, quando faltavam apenas cinco minutos no encontro, os madeirenses continuavam a perder por 58-48. De seguida, o CAB tentou nova resposta, apostando numa defesa mais agressiva, que permitiu roubar várias bolas à formação da Oliveirense e reduzir o marcador para 60-53. Pensava-se, no banco dos Amigos, que ainda seria possível a revoravolta. 

A jogar contra o tempo, pois restavam menos de dois minutos de jogo, o CAB já não teve pernas para apanhar os homens da Oliveirense. Apesar do empenho e da entrega, os comendados por João Paulo Silva já não tiveram a capacidade de anular o prejuízo e reverter o curso dos eventos. No final do jogo, a Oliveirense via confirmada a sua meritória superioridade e passagem para as meias-finais com uma vitória por 66-61, a qual também teve o efeito de cortar precocemente a participação do CAB nesta fase final da Taça de Portugal.