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21/07/2015
GAME DAY

João Paulo Silva abre o livro sobre o Elite Camp, a Formação do CAB e os desafios do projecto sénior

João Paulo Silva (‘Juca’) é uma figura central e incontornável da dinâmica clubística do CAB, não só ao nível da liderança da equipa sénior masculina, mas também ao nível da Formação. Apaixonado pelo treino e estudioso profundo da modalidade, o treinador Juca é um dos Coordenadores do Elite Camp, iniciativa que está a decorrer ao longo do mês de Julho e que visa aperfeiçoar as capacidades técnicas de um grupo selecionado de jogadores do clube, convidados para tomar parte na iniciativa.

Juca é também um trabalhador incansável em prol do clube e vai já no 11º mês consecutivo de trabalho numa época que começou em Setembro, com os trabalhos da equipa sénior masculina, e que só acabará no final deste mês, após a conclusão do ‘Elite Camp’. Seguir-se-á o mês de Agosto, com um merecido descanso junto da família, e o regresso ao trabalho, já em Setembro, com o retomar dos trabalhos da equipa profissional masculina.

Num raro intervalo nos seus dias de intensa actividade no basquetebol profissional e de Formação dos Amigos, João Paulo Silva respondeu a algumas perguntas do Site Oficial do CAB. Motivado e com olhos postos no futuro, o ‘coach’ Juca falou sem reservas sobre o Elite Camp, a Formação dos Amigos e os desafios de liderar o plantel masculino do CAB.  

Como está a decorrer o CAB Elite Camp?

O CAB Elite Camp está a decorrer acima daquilo que eram as minhas expetativas. Esta constatação deve-se ao facto dos atletas estarem a demonstrar uma atitude muito dinâmica no desempenho dos conteúdos que selecionamos para estas duas semanas de trabalho. Os temas estão dirigidos fundamentalmente aos aspetos referentes à técnica individual, nomeadamente o drible, o lançamento, a coordenação ao nível dos apoios e, naturalmente, a ligação entre todos estes elementos.

Qual é a importância deste tipo de iniciativas?

No seguimento do que temos vindo a realizar durante a época, queremos garantir um espaço de aperfeiçoamento da técnica individual aos atletas que mais se destacaram no decurso do seu empenho no respetivo escalão. Assumimos com toda a convicção o desejo de formar um espaço de qualidade onde se apure de forma mais pormenorizada, as necessidades de cada um dos atletas selecionados.

Sei que não é fácil resistir à intensidade do trabalho que estamos a proporcionar a estes atletas. No entanto, essa superação relativamente às dificuldades que vão permanentemente surgindo, são por si só, uma referência avaliativa. Os que conseguirem suportar esta intensidade, serão eventualmente aqueles que irão fazer parte da Elite que desejamos formar.

A finalidade é assegurar uma qualidade cada vez mais elevada de atletas presentes nas nossas equipas profissionais. Para que isso seja uma realidade, entendo que não devemos nos desviar deste tipo de iniciativas.

Todos os anos, um tema recorrente no clube é o tema da Formação. Qual é a relação que pode existir - em termos realistas - entre as camadas da Formação e as equipas séniores?

Desde logo essa relação deve acontecer através do modelo de trabalho implementado em cada um dos escalões. Criar uma uniformidade na sequência dos conteúdos de forma a facilitar a adaptação dos atletas no seu normal desenvolvimento. A boa coordenação de um programa de formação desportiva, conjuntamente com a estrutura prevista no organograma da formação, serão aspetos determinantes na ligação da formação com a equipa profissional.

Assim, o trabalho é entendido numa lógica de continuidade, assegurando um aumento da qualidade dos nossos atletas. Acredito que podemos permanentemente reforçar essa relação, sendo que, para que ela seja uma realidade, os treinadores devem estar envolvidos e comprometidos com esse mesmo programa.

Outra ideia central para que essa relação seja real, tem a ver com o envolvimento dos treinadores mais experientes, nomeadamente quem tem por cargo conduzir as equipas seniores. A sua orientação diária sobre a comunicação estabelecida entre a formação e as equipas seniores torna-se determinante e essencial.

Não nos podemos esquecer que o processo de formação desportiva é um processo de seleção natural dos recursos humanos. Nem todos conseguem atingir a Elite enquanto jogadores.

É uma utopia falarmos de equipas séniores 'alimentadas' puramente pelas escolas de Formação?

Será pouco provável que isso possa vir a acontecer. A competição ao mais alto nível tem exigências muito diversificadas. O que podemos e devemos garantir é um programa de formação desportiva que acautele atletas capazes de produzir competências ao nível de determinados setores do jogo.

Tenho a plena convicção na formação de atletas para as posições de bases, jogadores que possam liderar as nossas equipas seniores. Naturalmente que devemos estar sempre atentos aos bons jogadores que, em menor número, vão surgindo para ocuparem áreas interiores. A este nível, será muito provável existirem sempre necessidades de recrutamento de atletas.

Quais as razões para as dinâmicas diferentes que vemos no relacionamento entre equipas seniores e a Formação no sector feminino e no sector masculino?

O maior ou menor sucesso das dinâmicas está sempre dependente de quem lidera o processo. Existir um compromisso por parte de todos os treinadores, juntamente com quem tem por responsabilidade coordenar, é o aspeto central na criação de uma dinâmica bem conseguida. Se assim não acontecer, então estaremos perante um processo que dificilmente produzirá os resultados desejados.

O conjunto de treinadores do CAB tem por obrigação servir as equipas que lideram num ambiente coletivo e de uniformidade na transmissão de conteúdos. A coordenação técnica assegura a comunicação desses conteúdos através do acompanhamento do trabalho produzido pelos respetivos treinadores. Sendo assim, então será provável que essas diferenças possam ser atenuadas.

Durante muitos anos, treinou a equipa do CAB na Liga Feminina. Agora, vai para o segundo ano consecutivo à frente do grupo que integra a Liga Masculina. Quais as principais diferenças entre treinar mulheres e homens, ao mais alto nível da competição?

Não sou propriamente um adepto desse tema. Entendo que o treino deve obedecer a um conjunto de dinâmicas que pouco alteram em função do género. Naturalmente que podemos distinguir alguns aspetos, fundamentalmente ao nível da intensidade. Os aspetos referentes diretamente ao jogo são muito aproximados relativamente à sua abordagem.

Pela experiencia que tenho num e noutro campo, arriscaria a dizer que a grande diferença reside na relação que se estabelece. O setor feminino exige uma dedicação mais cuidada e provavelmente delicada, em cada detalhe do processo de treino.  

Em qual dos sectores - feminino ou masculino - sente-se mais realizado como treinador?

Seria muito fácil fazer corresponder a minha realização enquanto treinador com a quantidade de títulos conquistados. Se assim fosse, então a resposta seria obviamente para o setor feminino. No entanto, a minha realização enquanto treinador deve-se ao facto de me sentir útil na condução de atletas, de sentir que estes reconhecem a minha dedicação à equipa, valorizando sempre o bem comum acima das expetativas individuais.

A felicidade advém da paixão que tenho pelo desempenho desta profissão. A minha convicção enquanto treinador é acreditar que existe ainda uma parte significativamente grande de conquistas para alcançar.

Falando agora da Equipa Sénior Masculina, como está a decorrer a construção da equipa?

Delineamos cuidadosamente todos os aspetos que nos orientaram na construção da equipa. Acima de tudo, planeamos de forma atempada cada passo nesse sentido. Neste momento posso referir que estamos muito perto de fechar o nosso plantel. Cada contratação está devidamente enquadrada no estilo de jogo que me identifico. Foi uma tarefa feita com ponderação.

A grande contratação até o momento é a de Fábio Lima. As expectativas do jogador são grandes?

Estivemos muito próximo de contratar o Fábio na época anterior. Infelizmente isso não aconteceu. Este ano voltamos a convidar o Fábio e conseguimos chegar a um acordo. Conheço bem a sua forma de jogar e, em conversa com o atleta, ficou bem patente a sua total disponibilidade para fazer uma época de grande nível, assegurando sempre em primeiro lugar o cumprimento dos objetivos da equipa. O Fábio é um atleta muito competitivo e vai certamente querer vencer. A equipa só tem a ganhar com essa atitude.

Que mensagem gostaria de deixar à FAMÍLIA CAB?

O CAB é um clube que trabalha para a excelência, seja ela formativa ou predominantemente competitiva. A convicção do nosso valor advém das sucessivas e continuadas tentativas para alcançar os nossos compromissos. O que nos move não é seguramente a pretensão pela derrota adversária. Apenas desejamos VENCER SEMPRE!

GAME DAY

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