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CAB Madeira: Transmissão FPBTv do jogo CAB Madeira vs Basquete Barcelos    
 
 
NOTÍCIAS
 

02/02/2014
GAME DAY

Amigos orgulham o clube e a Madeira com exibição de garra e dedicação

CAB e Benfica defrontaram-se em Oliveira do Hospital para disputar a final da Taça Hugo dos Santos. No dia anterior, os lisboetam tinham eliminado a formação de Barcelos, enquanto o CAB tinha ganho, numa partida emocionante até ao fim, a equipa do Vitória Sport Clube. Na partida da final, todo o favoritismo estava do lado do Benfica, que tem argumentos financeiros e desportivos que mais nenhuma equipa tem em todo o país. Já do CAB, para conquistar o sonho de vencer o título, seria necessária muita capacidade de superação e um jogo perfeito, quer em termos ofensivos, quer em termos defensivos.

A partida não começou da melhor forma para a equipa da Madeira, que entrou na partida acusando algum nervosismo nas suas movimentações ofensivas. Na defesa, os homens do CAB também estavam a cometer erros de marcação e de rotação, que o Benfica estava a saber aproveitar com muito mérito. A meio do primeiro período, o resultado era já de 13-5, favorável aos lisboetas, que, sem dúvida, estavam a assumir as rédeas do jogo. Seguiu-se um desconto de tempo, pedido pelo treinador João Freitas, na tentativa de corrigir alguns dos erros que estavam a ser cometidos pela sua equipa.

No regresso à partida, o CAB esboçou uma reacção positiva, livrando-se da pressão que tinha vindo a acusar até então. Contudo, o Benfica insistiu no seu jogo interior, onde tinha superioridade em matéria de centímetros, e não deixando o CAB se aproximar muito no marcador. Na realidade, o jogo interior estava a ser o 'abono de família' da formação do Benfica, que, repetidamente, solicitava as movimentações de Fed Gentry nas zonas perto do cesto para marcar preciosos pontos.

O primeiro período terminou com o resultado em 22-18, a favor do Benfica.

O segundo período começou com um triplo de Fabio Lima, que colocou o marcador em 22-21. Seguiram-se cestos de Aaron Anderson e Ricky Franklin, que colocaram o jogo num empate a 27 pontos, enfatizando toda a emoção de um jogo de final. O Benfica respondeu com um triplo, ao qual o CAB respondeu com... outro triplo. Com cinco minutos para jogar no segundo tempo, o jogo estava empatado a 30 pontos e vivia-se, verdadeiramente, o espírito competitivo de uma final.

Sob pressão, o Benfica voltou a virar-se para o seu jogo interior, onde tinha uma clara vantagem sobre o CAB. Durante alguns momentos, o marcador 'dilatou', a favor da equipa de Lisboa, mas, com muita determinação e sem nunca demonstrar qualquer tipo de intimidação, os homens de João Freitas deram uma resposta à altura, mantendo-se em jogo e demonstrando que são uma equipa resistente e motivada. Com três minutos para jogar no segundo período, o resultado era 40-38, ainda a favor do Benfica.

O Benfica continuou a 'carregar', insistindo no seu jogo interior e tentando fazer valer os seus (muitos) argumentos desportivos e a enorme rotatividade do seu plantel. Mas, com grande brio, o CAB continuou igual a si mesmo, e, com uma defesa muito coesa, conseguiu travar vários ataques do Benfica, assim como conquistar ressaltos ofensivos que lhe tinhamescapado na fase inicial da partida. No ataque, o CAB também estava a ser capaz de encontrar boas soluções de lançamento, com Jobi Wall, Ricky Franklin, Aaron Anderson e Fabio Lima a constituirem verdadeiras 'dores de cabeça' para a defesa encarnada.

O intervalo chegou com o resultado em 42-43, a favor do CAB.

A título de de curiosidade, nesta fase do encontro, e apesar da sua estatura inferior, o CAB tinha ganho mais ressaltos que o Benfica (16 contra 11), o que estava a contribuir, e muito, para a vantagem mínima que os madeirenses tinham sobre os lisboetas. Já em termos de pontos marcador, o trio americano do CAB (Ricky, Aaron e Jobi) eram, por essa ordem, os três melhores marcadores dos Amigos.

O retomar do jogo foi mais feliz para o Benfica, mais precisamente para Tomás Barroso, que iniciou o período a marcar quatro pontos e a fazer um roubo de bola, uma prestação que trouxe emoção ao banco do Benfica e ao comentador da Sport TV, que acompanhava o jogo, a ser transmitido em directo naquele canal.

Com o marcador em 46-43, a favor da equipa de Lisboa, o CAB tentou reagir, melhorando as suas selecções de lançamento e cortando os caminhos dos homens da capital para o cesto. Com uma exibição de garra, cestos de Ricky Franklin voltaram a por o CAb na frente por 46-48, quando faltavam seis minutos para jogar no período. O Benfica voltava-se, então, para o seu 'abono de família' que era o seu jogo interior, solicitando, vez após vez, a intervenção de Gentry, curiosamente um jogador que actuou no CAB há três anos.

Com o passar dos minutos, as duas equipas começaram a denotar alguma quebra física, algo expectável no CAB, que ainda não tinha feito quaisquer substituições até este ponto do jogo, mas menos expectável no Benfica, com um plantel bem mais forte e com muitas mais opções. Totalmente virado para o jogo interior, Carlos Lisboa fazia entrar Claudio Fonseca na esperança de que, sobrecarregando as zonas interiores, pudesse anular o crescendo da equipa madeirense. Os nervos estavam instalados no banco dos lisboetas, e, após um roubo de bola do CAB, viu-lhe averbada uma falta anti-desportiva por críticas insultuosas dirigidas à equipa de arbitragem.

O CAB fez o que lhe competia, que foi marcar os lances livres. Após estes, Ricky Franklin continuava endiabrado, e, numa sequência de lances fantásticos, confirmou a vantagem dos madeirenses no marcador por 48-56, quando faltavam três minutos para jogar no terceiro período. Depois disso, um lançamento de Jobi Wall e outro de Fabio Lima puseram o marcador em 50-62, a favor do CAB, quando faltava um minuto para jogar no terceiro período, facto que parecia incomodar em demasia os comentadores da Sport TV. Um lance livre convertido por Ricky Franklin aumentou a vantagem do CAB para 52-63, resultado com que as equipas chegaram ao final do terceiro período.

No quarto e derradeiro período, o CAB entrou com um susto, que foi o facto de Ricky Franklin ter de abandonar o encontro com uma lesao no joelho. A saída do atleta que estava a ser o melhor marcador dos Amigos galvanizou os adversários, que responderam com dois pontos de Seth Doliboa. Após essa jogada, o Benfica jogava total e unicamente para o seu jogo interior, onde queria, forçosamente, tirar partido da vantagem que tinha sobre o CAB.  A estratégia funcionou, e, com oito minutos para jogar, o resultado era 57-67, ainda a favor do CAB.

Desde aí, o CAB, provavelmente a acusar o desgaste físico de mais de trinta minutos nas pernas dos mesmos jogadores, começou a cometer erros atípicos na rotação defensiva e a falhar cestos imperdoáveis. O Benfica aproximava-se perigosamente devido á acção, quase isolada, de Jobi Thomas, que estava a encontrar o seu ritmo nos lançamentos exteriores. Por outras palavras, ao jogo colectivo dos Amigos o Benfica respondia com acções individuais, e, com quatro minutos para jogar, o resultado era 69-73, a favor do CAB.

Até o final do encontro, a partida tornou-se, para ambas equipas, numa verdadeira prova de nervos. Embora os comentadores da Sport TV continuassem a argumentar que a equipa de arbitragem estava a favorecer o CAB, a realidade é que estávamos a assistir a um bom espectáculo de basquetebol, que apenas dignificava a modalidade e estava a fazer uma grande promoção do basquetebol português, algo evidente a todos, independentemente do clubismo.

Com um minuto para jogar, o resultado era 79-81, a favor do CAB. Uma jogada infeliz por parte do base do CAB quando faltavam 30 segudos de jogo inviabilizaram o ataque do CAB e colocou a bola nas mãos do Benfica. O Benfica pediu desconto de tempo para tentar decidir o jogo, e, na sequência de uma jogada desenhada por Carlos Lisboa, o talento individual de Doliboa empatou o jogo a 81 pontos, com 18 segundos para jogar. Foi a vez de João Freitas interromper a partida e arquitectar uma jogada para a sua equipa. Ia jogar-se o tudo ou nada para os homens do CAB.

A jogada desenhada pelo banco do CAB não resultou num cesto, mas, no ressalto, Jobi Wall ganhou a bola, e, antes de sair do campo, jogou a bola contra o corpo de Doliboa. A equipa de arbitragem apitou, numa primeira instãncia, correctamente, dando a bola ao CAB, mas, depois, reverteu a posição, dando a bola ao Benfica. As repetições televisivas mostram que a primeira decisão era a correcta. Além disso, a repetição também mostrou que Doliboa fez falta sobre o atleta do CAB, a qual não foi visível ao árbitro, situado a centímetros da jogada.

O Benfica venceu o jogo por 83-82, ficando com um troféu marcado pela polémica. O jogo merecia um fim diferente, assim como a modalidade. A partida, que tinha sido tão boa, ficou manchada de forma desnecessária.

GAME DAY

Continuar...


 

 

 

 
 
 
 
 
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